Leia atentamente os dois textos a seguir: o primeiro é um conto popular, o segundo é de autoria de Platão e Fiorin.
Texto 1
Era uma vez um escorpião que estava na beira de um rio, quando a vegetação da margem começou a queimar. Ele ficou desesperado, pois, se pulasse na água, morreria afogado e, se permanecesse onde estava, morreria queimado. Nisso, viu um sapo que estava preparando-se para saltar no rio e, assim, livrar-se do fogo. Pediu-lhe, então, que o transportasse nas costas para o outro lado. O sapo respondeu-lhe que não faria de jeito nenhum o que ele estava solicitando, porque ele poderia dar-lhe uma ferroada, levando-o à morte por envenenamento. O escorpião retrucou que o sapo precisaria guiar-se pela lógica; ele não poderia dar-lhe uma ferroada, pois, se o sapo morresse, ele também morreria, porque se afogaria. O sapo disse que o escorpião estava certo e concordou em levá-lo até a outra margem. No meio do rio, o escorpião pica o sapo. Este, sentindo a ação do veneno, vira-se para aquele e diz que só gostaria de entender os motivos que fizeram que ele o picasse, já que o ato era prejudicial também ao escorpião. Este, então, responde que simplesmente não podia negar a sua natureza.
Texto 2
Cada ser humano tem uma índole, uma propensão natural, e ela não muda, manifesta-se em todas as circunstâncias da vida, até mesmo quando essa manifestação contraria o bom senso.
Platão & Fiorin. Lições de texto: leitura
e Redação. São Paulo: Ática, 1997.
Ambos os textos abordam a questão da imutabilidade do caráter humano, resultando que as ações de cada um deles estão de acordo com sua índole, independentemente da circunstância. No entanto, no primeiro predomina o uso de termos concretos no segundo, abstratos. Figuratização e tematização são um conteúdo amplo, mas de fácil compreensão.
PRODUÇÃO TEXTUAL
Agora é a sua vez, produza um texto predominantemente figurativo (narrativo) ou temático (dissertativo) que aborde a questão do caráter humano perante às questões ambientais.
PROFª JESUS SANTIAGO
E.M. ITAMAR BRITO/E.M. MASCARENHAS DE MORAIS
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